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Brasil mantém liderança na digitalização na agricultura

 

O Brasil continua líder na digitalização no campo em relação aos seus principais concorrentes, Estados Unidos e Europa, aponta estudo apresentado pelo sócio-sênior e líder de Agronegócios da McKinsey na América Latina, Nelson Ferreira.

No final de março, ele participou de live promovida pelo Insper Agro Global para apresentar a segunda edição da pesquisa “A cabeça do agricultor brasileiro na era digital – pulso 2021”. Cerca de 600 produtores brasileiros, de diferentes culturas, foram entrevistados.

“Foram pesquisados produtores de algodão, de grãos no Matopiba, de hortaliças, de cana-de-açúcar, de café e de grãos no Sul do país”, informou Ferreira.

Vanguarda da digitalização

Uma das principais conclusões do levantamento foi de que o Brasil “continua na vanguarda da digitalização na agricultura”, disse. “Antes da pandemia, 36% dos agricultores brasileiros utilizavam meios digitais para realizar compras de insumos e maquinários, ante 24% nos Estados Unidos e 15% na União Europeia.”

Já em 2021, houve um salto de 10 pontos porcentuais no Brasil, com 46% dos produtores rurais lançando mão de ferramentas digitais para compra de insumos e outros produtos pertinentes à atividade. Já nos Estados Unidos, o salto foi de 7 pontos porcentuais, para 31%, e, na UE, de 7 pontos também, para 22%.

Também presente na live, líder global da Divisão de Agricultura e Alimentos da McKinsey, Lutz Goedde, acrescentou que os resultados para o Brasil foram semelhantes sob alguns aspectos nos Estados Unidos e Europa – onde a McKinsey também faz pesquisas com os agricultores – e que a pandemia, de fato, “acelerou bastante a digitalização no mundo”.

Ferreira ressaltou ainda que um “mito” foi derrubado na pesquisa com os produtores brasileiros. O “mito” previa que o agricultor usa mais a digitalização “apenas para cotar preços”. “Isso não é verdade. Nós mapeamos a jornada do agricultor e vimos que ele faz desde a pesquisa de preços, compara produtos e preços, o suporte técnico, entre outros itens.” Justamente por isso, assinalou, há um “desafio maior de desenvolver ofertas digitais para oferecer serviços de ponta a ponta para o produtor”.

Ações digitais

Ainda conforme a pesquisa, o produtor brasileiro usa o whatsapp para 55% de suas ações digitais. Além disso, 62% disseram que o que os leva a escolher uma empresa específica para compras online é uma “boa experiência”. “O preço foi apontado por 16%.”

Além de comprar online, o produtor também está pretende, cada vez mais, vender online. Segundo a pesquisa da McKinsey, um terço dos produtores brasileiros estão dispostos a vender até 70% de sua produção no formato online. “De 2020 para 2021, este número dobrou e saltou de 18 para 37 os produtores que topariam vender pelo menos 70% de sua produção online.”

Mesmo com o produtor cada vez mais conectado, Ferreira disse que a interação pessoal continua forte no campo, “como sempre foi”, embora agora essa relação precise ser de “multicanalidade”. “É necessário coexistir o ambiente físico com a ferramenta digital ao longo da jornada de compra e venda.”

Jovens no agro

Ferreira demonstrou ainda que a agricultura digital está menos relacionada à cultura agrícola e mais à idade e ao tamanho dos produtores. Em suma, quanto mais jovem o produtor e quanto maior a área cultivada, maior o interesse do produtor em lançar mão de canais digitais.

“Agricultores mais propensos a usar ferramentas digitais como principal canal de compra e aqueles que estão mais dispostos a vender no mínimo 50% da sua produção online são aqueles com menos de 45 anos”, destacou Ferreira.

“Além disso, 71% das propriedades acima de 2.500 hectares pretendem vender online sua produção”, emendou Ferreira. Em relação à idade, foi apurado também que os produtores mais jovens têm mais disposição em experimentar serviços financeiros mais sofisticados e digitais, como fintechs, por exemplo.

Um dos gargalos apontados para um maior uso de tecnologia no campo, especificamente a agricultura de precisão, são o custo da tecnologia e a falta de infraestrutura, como conectividade no campo, por exemplo.

Outra questão apurada na pesquisa da McKinsey é que 39% dos produtores brasileiros lançaram mão do barter para aquisição de insumos para o plantio da safra, enquanto em 2020 esse porcentual foi de 35%. “Sob este aspecto, um terço dos produtores usam o barter para adquirir apenas um tipo de insumo (sementes, por exemplo); o outro um terço utiliza a ferramenta para adquirir dois produtos (sementes e defensivos, por exemplo) e o restante um terço usa o barter para adquirir sementes, defensivos e adubos, ou seja, os três insumos principais para o plantio da safra.”

Quanto aos créditos de carbono, 66% disseram que têm “extremo interesse” no assunto, mas consideram não entender do tema.

Este artigo foi feito por AgroEmDia

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