HOME

Compartilhe este artigo

Facebook
Twitter
LinkedIn

O futuro do setor financeiro pós-pandemia

Portal Noomis – setor financeiro

Nos últimos dois anos, a crise da covid-19 acelerou a transformação digital que o setor financeiro já vivenciava, mas este movimento deixou muitas questões em aberto. O próprio Banco Mundial está se perguntando, em um relatório recente, se os grandes bancos continuarão aumentando a participação no mercado financeiro, beneficiando-se da intermediação, um custo de capital mais baixo e da expertise em gestão de risco.

O Banco Mundial também lança dúvida sobre as bigtechs: serão empresas de tecnologia como Microsoft, Apple, Amazon, Google, Alibaba e Tencent as grandes vencedoras no domínio de serviços financeiros devido à enorme quantidade de dados que são capazes de extrair dos usuários? Considerando a agilidade com a qual as fintechs operam, o relatório ainda indica que as “operações de negócios enxutas”, e o fato de serem capazes de atrair os melhores talentos e se beneficiarem de tecnologias de ponta, permite que deem respostas rápidas e flexíveis às mudanças de preferências do consumidor.

Setor financeiro e mercado de capitais

O mercado de capitais acredita que uma nova disputa está surgindo no setor, segundo a The Economist, e, nesta corrida digital, algumas empresas –financeiras ou não– vão lucrar. Enquanto outras vão ficar para trás. Especialistas ouvidos pela revista de economia britânica estimam que, ao fim de 2020, os bancos convencionais respondiam por 72% do valor total de mercado do setor bancário e de pagamentos global. No pré-pandemia, este percentual alcançava 81%. Há dez anos era de 96%. Agora, fintechs e empresas de tecnologia, como Ant Group e PayPal, representam 11%.

Neste novo mundo, onde o dinheiro é cada vez mais digital, quem capta mais dados tem mais poder. Mas se os dados são o novo petróleo, precisamos ter em mente que empresa nenhuma faz dinheiro somente encontrando os poços e prospectando. É quando transformamos o petróleo em resina que se ganha dinheiro. Quando se obtém a gasolina ou o plástico que se ganha muito mais. E por isso que não adianta achar que o poder reside em históricos de transações, no capital informacional obtido ao longo de décadas atuando em um mesmo setor ou em grandes bancos de dados que misturam de forma anônima centenas de clientes.

O verdadeiro poder está em transformar estes dados em informações úteis, claras e objetivas para entregar ao cliente a personalização. Antes inclusive que ele saiba do que está precisando. Uma nova pesquisa realizada pela YouGov para a IBM, com 2.200 entrevistados, revelou que as gerações mais jovens querem serviços personalizados para ajudá-las a administrar o dinheiro: 61% das pessoas entre 18 e e 24 anos disseram que queriam que seus bancos oferecessem suporte personalizado para suas finanças e 54% aprovam bancos usando inteligência artificial (IA) para atingir esse objetivo.

O papel dos bancos

O papel dos bancos mudou de receber depósitos e emprestar dinheiro para fornecer serviços que estão embutidos na vida de seus clientes, defendeu Bharat Bhushan, diretor de Tecnologia para Serviços Bancários e Financeiros na IBM Reino Unido e Irlanda. Em sua visão, o setor de serviços financeiros está mais pressionado do que nunca para se transformar e criar um modelo de plataforma ágil, rica em oportunidades de interações a partir do refinamento de dados de usuários. Apesar de toda a regulação pesada que vem sofrendo, a Ant Financial mostra um dos caminhos para chegar lá.

Ao contrário dos bancos tradicionais, instituições de investimentos e seguradoras, a gigante chinesa do setor financeiro não tem gerentes aprovando empréstimos, funcionários prestando assessoria financeira ou representante autorizando despesas. Lá, quem comanda o show é a inteligência artificial: usando informações de milhões de clientes de sua base, modelando e trabalhando-as com algoritmos refinados e usados em tempo real. Assim, a empresa prevê para quem e em qual momento pode facilitar um crédito.

Negócios inovadores

O professor de administração de empresas da Harvard Business School Marco Iansiti defende que, em muitos dos negócios considerados inovadores e disruptivos hoje, a IA aplicada nem é tão sofisticada quanto muitos poderiam imaginar. Mas todos estes negócios carregam componentes básicos para personalizar serviços: 1) um processo que reúne, limpa, integra e protege os dados de forma escalável; 2) algoritmos que geram previsões sobre cenários futuros ou diretrizes do negócio; 3) plataforma de experiência, na qual são testadas hipóteses sobre novos algoritmos para garantir que as recomendações estão gerando o efeito pretendido; 4) infraestrutura: sistemas que incorporam esse processo no software e conectam a usuários internos e externos.

Essa é a base que abrirá caminho para uma hiperpersonalização e antecipação das necessidades dos clientes. Nenhum banco pode ignorar isso hoje –até porque varejistas, fintechs e gigantes de tecnologia estão seguindo a mesma direção. E não há espaço para todos. Os bancos precisarão responder de forma muito mais rápida a mudanças sociais. Incluindo como os consumidores escolhem produtos, em qual canal, e para necessidades financeiras individuais, analisa a PWC. “Até agora, a maioria dos bancos comercializava produtos usando uma ampla segmentação demográfica. Mas os clientes esperam cada vez mais ofertas individualizadas. E os líderes precisarão usar dados para ajustar suas estratégias de clientes, produtos e preços para atender a essas expectativas”.

Veja como oportunidade

Tenha sempre em mente que oferecer serviços personalizados não é dizer ao consumidor como e onde ele está gastando seu dinheiro. Um bom começo é demonstrar como ele pode economizar, aproveitar ofertas ou mudar sua forma de consumir. O tamanho da ameaça a qual instituições financeiras estão expostas após a covid-19 é tão grande quanto o tamanho da oportunidade que podem capturar. Principalmente se perceberem como transformar o que, para muitos, é apenas mais um barril de petróleo.

dataRain – Cloud Computing Amazon Web Services

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Posts relacionados

Escalabilidade com DevOps na Pakman

A Pakman é uma Loghtech especializada em serviços de Last Mile. Desde desenvolvimento à execução de soluções para empresas que possuem necessidade

Quer Conhecer mais?
Nuvem AWS é com dataRain.
ENTRE EM CONTATO