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Utilities, Constantes Mudanças e a Transformação Digital

O segmento de utilities, e mais especificamente o de energia elétrica está passando por uma fase de constantes mudanças, seja por atualizações regulatórias, novas e emergentes tecnologias, maiores expectativas dos clientes, recursos distribuídos de energia (DER) e a evolução lenta, mas contínua dos ‘microgrids’.

Isso tem levado a uma explosão de volumes, velocidades e variedades de fluxos de dados, passando pelos servidores de infraestrutura ou processos operacionais e de negócios, nunca vivido antes pelas entidades do setor. E ao mesmo tempo enfrentam a questão do envelhecimento da infraestrutura e dos equipamentos em toda a cadeia bem como, a escassez de mão de obra qualificada e experiente.

Mudanças enfrentadas pelas Utilities hoje

Portanto as mudanças que as utilities enfrentam hoje são abrangentes, grandiosas e de ampla variedade. Entretanto todas tem uma coisa em comum: para que enderecem com sucesso esses problemas é necessária uma mudança fundamental, que se tornem organizações digitais e sejam também orientadas a dados (data-driven).

A velha forma de realizar tarefas – fazer relatórios manuais, manter dados em planilhas pessoais, relatórios ou painéis únicos – devem acabar e serem substituídos por uma nova forma de trabalho que é colocar dados no centro de cada decisão.
Tornar-se uma organização digital não é simplesmente realizar a digitalização de uma área, setor ou departamento, é uma mudança de mentalidade que deve ser absorvida por todos os colaboradores da organização, inclusive a alta gerência com total suporte dos executivos. Uma mudança na forma de gestão.

Desta forma um ponto vital é trabalhar com os dados, que são normalmente gerados nas várias áreas de corporação, mas necessitam ser direcionados para um repositório onde todos esses dados gerados possam ser compartilhados com os vários colaboradores que realizam reportes, painéis de controle com indicadores de negócio, financeiros, operacionais, sejam para procedimentos, tarefas do dia-a-dia ou para decisões executivas de negócio.

Uma técnica mais atual que suporta e cria ambientes para consolidar grandes quantidades de dados, como é o caso dessas operações de utilities, se chama Data Lakes ou Repositório de Big Data. Esses repositórios de grandes volumes de dados precisam estar aptos a receber todo tipo de dado, estruturado ou não, mas também ter alta capacidade de escalar de maneira rápida e sem impacto no negócio. Provedores de nuvem como a AWS ofertam tais serviços que atendem esses altos volumes de dados, mas também disponibilizam serviços complementares para realizar análise dos dados neste repositório. Além de provisão de serviços de infraestrutura computacional e armazenagem de dados altamente escaláveis, utilizados sob demanda e custo por uso.
Isso cria a possibilidade das empresas de utilities poderem migrar para uma organização digital e ser orientada a dados como mencionado acima.

Para garantir que as utilities estejam preparadas para esse futuro e atinjam uma evolução rápida nessa era digital, é preciso se re-inventar. Novas soluções digitais que incorporem dados, análise avançada de dados e gestão inteligente dos ativos (que também precisam de dados) estão prontas para melhorar visibilidade, controle e performance de suas infraestruturas e modelos de negócio correspondentes.
Para uma realização efetiva neste sentido, as empresas desse setor devem se preparar com uma estratégia de ‘road map’ digital que irá revelar novos serviços para os clientes e partes interessadas, os quais devem ou poderão se integrar à infraestrutura existente.

Qual poderia ser uma abordagem para o desenvolvimento desse ‘road map’?

Existem várias questões e potenciais obstáculos que precisamos considerar numa possível adoção de tecnologias digitais inovadoras bem como formas de trabalho.
• Como podemos melhorar o atendimento aos clientes para estar alinhado às mudanças nas expectativas dos clientes e funcionários?
• Como podemos incorporar princípios e práticas de segurança em todo o ciclo de vida do ativo?
• Como tomamos melhores decisões para apoiar as obrigações comerciais, ambientais e dos clientes cada vez mais desafiadoras?
• Como gerenciamos mudanças e atualizações constantes em nosso cenário digital, que pode se tornar obsoleto mesmo quando as estamos implementando?
• Onde tem estratégias, programas e projetos existentes, como podemos garantir que adotamos uma abordagem abrangente e holística que beneficie a empresa como um todo, em vez de apenas grupos individuais?

Embora essas perguntas possam parecer deveras incontroláveis sobrecargas, pontos em comum podem ser encontrados. Todos esses são desafios que são sentidos com frequência em todo o setor de utilities e, também em outros setores. E a resposta para cada pergunta é semelhante – precisamos dar um passo atrás e priorizar o cliente e os funcionários. As empresas do setor sempre se concentraram em aspectos como proteção da saúde pública e prestação de serviços seguros e confiáveis. Agora, o escopo deve se expandir para incluir o envolvimento e proximidade dos clientes, criando maior valor para este público, protegendo os cidadãos de violações de dados e eventos extremos, construindo uma força de trabalho futura com mais suporte de soluções digitais para uma maior eficiência e rapidez na execução dos serviços, implantando infraestrutura inteligente e muito mais. Esses componentes devem ser considerados no

processo de desenvolvimento desse ‘road map’ para entregar os enormes benefícios esperados pelas empresas de utilities.
Por exemplo, você está abordando a situação com uma visão macro e abrangente ou como um desafio individual implementando uma solução pontual? Você está criando mais silos de dados entre departamentos ou equipes? Seus planos estão focados no futuro enquanto você implementa soluções hoje? Se você respondeu a cada uma dessas perguntas com sua comunidade e todo o ecossistema em mente, você está em um bom lugar para começar a criar um ‘road map’ digital.

COMO CONSTRUIR UM ROAD MAP DIGITAL ROBUSTO ?

Utilities e empresas em geral capturam dados para atender a uma necessidade de curto prazo ou porque é conveniente em alguns processos de trabalho. À medida que continuamos a digitalizar nossos negócios, também estamos nos tornando cada vez mais conscientes da importância dos dados.

No entanto, o que acontece quando os dados são coletados? Temos os meios para operacionalizar os dados? Sem um propósito, todos os ‘insights’ úteis permanecerão sem agregar muito valor. Para obtenção de valor agregado, deve-se focar em otimização, insights e conectividade ao se desenvolver soluções, como abaixo:

– Conecte-se: Primeiro, você precisa realizar a coleta de seus dados. Isso pode ser por meio de sensores para coleta de dados para indicadores-chave de desempenho (KPIs), veículos aéreos não tripulados (UAVs) para monitoramento de dutos, dados de sistema SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition), sistemas de controle distribuído (DCS) e muito mais.
– Gere ‘Insights’: Em seguida, deve-se transformar esses dados em informações úteis. Isso pode ocorrer por meio de visualização de dados, inteligência de localização, relatórios automatizados de KPI, detecção de vazamentos do objeto principal do serviço e muito mais.
– Produza Otimizações: Por fim, todos os dados coletados devem ser transformados em ação, resultados práticos. Podemos operacionalizar os dados por meio de manutenção preditiva para evitar tempo de inatividade não planejado, análises avançadas de custo de energia ou oferta/demanda do cliente, gerenciamento de ativos e rede, automatização de processos, atendimento eficiente, rápido, automatizado e preciso para os clientes, são alguns dos exemplos.

Mas acima de tudo devemos considerar a perspectiva final do cliente. Onde você está obtendo todos os dados e para onde exatamente a saída desses dados processados irá? Qual será o resultado e seu destino e, se este resultado está de acordo com a meta que você desenvolveu inicialmente?

Se for considerado esse fluxo de dados, desde o início da aquisição dos dados até o destino onde extraímos o conhecimento relativo a esses dados, nós estamos literalmente conectando os pontos. Há dados para coletar em todas as operações e em todo o ciclo de processos do negócio. Se não tivermos um plano e conseguirmos olhar para o seu objetivo final, acabamos gastando uma quantidade significativa de tempo, dinheiro e energia sem perceber o benefício total de tal esforço.

Por último, mas não menos importante, devemos lembrar de conduzir a organização nessa jornada com a criação de um roteiro digital. Devemos envolver líderes e partes interessadas de toda a organização, além de Tecnologia da Informação, e comunicar cedo e com frequência a visão e o caminho para essa Transformação Digital para que sejam compreendidos e adotados.

Por Jorge Medeiros

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