A Amazon abriu seu primeiro “supermercado Fresh” em Los Angeles no dia 27 de agosto, expandindo sua presença física no mercado e desafiando os supermercados tradicionais e varejistas de grande porte, como Walmart e Target.
Assim como as lojas de conveniência Amazon Go existentes, o mercado no bairro de Woodland Hills “É equipado com tecnologia que elimina a fila de caixas tradicionais”, disse Jeff Helbling, vice-presidente da Amazon Fresh Stores, em um blog. Os clientes compram entrando em seu aplicativo Amazon e colocando seus itens em um Dash Cart, que é equipado com sensores que detectam o que está dentro, permitindo que os clientes saiam por uma via exclusiva para pagar por seus mantimentos. A loja também apresentará integração com as listas de compras Alexa, e os dispositivos Echo Show ajudarão os clientes a navegar pelo layout da loja.
Nas semanas iniciais, a loja atendeu apenas um seleto grupo de clientes convidados pela Amazon e, em seguida, será aberto ao público em geral.
Em 2017, após anos testando iniciativas de supermercados, a gigante da tecnologia fincou sua bandeira no setor com a aquisição da cadeia de alimentos naturais e orgânicos Whole Foods Market por US $ 13,7 bilhões e suas mais de 460 lojas nos Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha. Desde então, a Amazon continuou a desenvolver seus negócios de supermercados com ênfase na facilidade e rapidez.
Aumento na pandemia
Durante a pandemia, a Amazon aumentou sua demanda por mantimentos durante a pandemia em mais de 160%, de acordo com seu ultimo relatório de lucros, já que os americanos passaram muito mais tempo em suas casas. Os restaurantes fecharam ou limitaram sua capacidade e horários e, com milhões de funcionários trabalhando remotamente, a comida caseira substituiu muito do que seriam almoços de trabalho em restaurantes de escritórios próximos.
A empresa também triplicou suas vendas online de alimentos em comparação com o mesmo período do ano passado.
Amazon já opera mais de duas dúzias de lojas Go que permitem que os clientes entrem e saiam sem ficar na fila do caixa, com uma variedade de câmeras e ferramentas sofisticadas de coleta de dados rastreando o comportamento do cliente. Mas a loja Fresh será diferente dos mercados pequenos “para levar”. Os clientes terão a opção de usar um carrinho “inteligente” ou tradicional e pagar no caixa com caixas. Eles também podem pedir ajuda aos dispositivos com tecnologia Alexa, como: “Alexa, onde posso encontrar o molho picante?”
Com a nova loja, a Amazon tem como alvo clientes diferentes daqueles que frequentam a Whole Foods, que é conhecida por sua vasta seleção de produtos naturais e orgânicos. As lojas de produtos frescos terão uma grande variedade de marcas de alimentos nacionais, além de carnes, produtos hortifrutigranjeiros, frutos do mar e alimentos preparados feitos no local diariamente.
“É provável que a Amazon Fresh tenha como alvo direto a base de clientes que está entre sua marca Whole Foods, que normalmente atende a clientes mais preocupados com a saúde e abastados, e varejistas de alimentos com descontos como Aldi e Lidl”, disse Gregory Ng, executivo-chefe da digital empresa de consultoria Brooks Bell. “Isso os coloca diretamente em competição com a Target e o Walmart.”
Futuro
A Amazon confirmou planos para um punhado de outros locais da Fresh no sul da Califórnia e na área de Chicago, que disse que continuará a operar e crescer junto com seus negócios Whole Foods.
“Obviamente, eles pensaram que construir algo do zero seria melhor do que tentar reformar uma loja Whole Foods, que é o que parece que eles estão fazendo aqui”, disse Sucharita Kodali, analista de varejo da Forrester Research. “Também parece que eles estão tentando experimentar uma série de tecnologias diferentes, como carrinhos de compras automatizados, um centro de micropreenchimento e provavelmente uma série de outras coisas que ainda nem aprendemos.”
Ela acrescentou que não seria surpreendente se a loja no sul da Califórnia fosse uma vitrine para tentar vender a tecnologia para outras empresas, em vez de ser o futuro de uma experiência de comércio com a marca Amazon.
Este artigo foi traduzido do The Washington Post.
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